Foi publicado recentemente na Revista da Universidade da Força Aérea (UNIFA) um estudo científico intitulado "A substituição de cursos de curta duração por cursos de Ciências Aeronáuticas no licenciamento inicial de profissionais aviadores: uma contribuição ao aumento da segurança da aviação" (Estudo disponível aqui).
O estudo, conduzido pelo pesquisador Gustavo M. Carolino, buscou responder se a substituição de cursos de curta duração por cursos de Ciências Aeronáuticas (longa duração) na formação de novos aviadores poderia contribuir para o aumento da segurança da aviação.
Ficou demonstrado que ao optar por realizar um estudo distribuido de longo prazo ao invés de um estudo massivo de curto prazo, é proporcionado aos estudantes:
Treinamento espaçado e sistematizado de longo prazo;
Menor taxa de decaimento do aprendizado ao longo do tempo, mesmo sem reforço;
Melhor desempenho cognitivo; e
Desenvolvimento do Sistema Nervoso.
O efeito do espaçamento dos estudos em cursos de longo prazo, portanto, implica em uma assimilação e retenção mais efetiva e duradoura do conhecimento e em menores taxas de decaimento da memória em relação ao grupo de individuos que optam por estudos massificados de curta duração.
O preparo aprofundado reflete em operações aéreas mais seguras, potencializando as chances de resolução de problemas. Também se observa desenvolvimento físico do sistema nervoso central, proporcionado por meio de treinamentos de longa duração, como crescimento neuronal.
Por tudo isso, pode-se concluir ser a substituição de cursos de curta duração por cursos de Ciências Aeronáuticas algo de grande relevância para o aumento da segurança da aviação no Brasil (e no mundo), por prezar por processos de aprendizagem mais significativos e que proporcionem maior desenvolvimento humano.
Fonte da imagem: CAE Aviation / (Meramente ilustrativa)
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